Lançado no Brasil em abril desse ano, mais um livro do escritor Umberto Eco, professor aposentado de Semiótica da Faculdade de Bolonha, dessa vez em parceria com o dramaturgo Jean-Claude Carrière. Dois bibliófilos.Trata-se de “NÃO CONTEM COM O FIM DO LIVRO”. O livro do título é o livro tradicional, no formato de papel, em contraste com o e-book – o livro eletrônico. Eco diz que o livro é como a colher, o machado, a roda ou a tesoura, que “uma vez inventados, não podem ser aprimorados”. Não há como discordar dos autores quanto a essa perenidade do livro como suporte da leitura, como condutor de informação, até mesmo pela dificuldade de utilização da nova forma eletrônica, para determinados tipos de leitura.Como exemplo dessa dificuldade, diz Eco: “Passe duas horas lendo um romance em seu computador, e seus olhos viram bolas de tênis”. Acontece, porém, como bem sabe o grande ensaísta italiano, os livros não são feitos apenas para suportar ficção. Pense-se, na facilidade de pesquisa de palavras e temas em um livro de 700 páginas formatado em PDF e se verá o benefício do meio eletrônico. Um dia gastei todos os meus trocados para comprar os vinte e tantos volumes da Enciclopédia Britânica, que foram rapidamente encostados a um canto, substituídos pela Enciclopédia Compton e logo depois pela Grolier, ambas em meio eletrônico, cada uma em um único CD Rom e baratíssimas, facilmente utilizáveis no computador. É verdade que o livro no formato tradicional não desaparecerá, mas que seja bem-vindo o livro digital.
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