terça-feira, 25 de junho de 2013

FLUXO E REFLUXO



Nada de novo há no firmamento
É só fluir de dias e noites sempre
Numa porfia pendular constante

E nesse vai e vem do cosmo sempiterno
Esvai-se nossa existência toda em prantos


Novamente vem e volta a repetir-se
A primeva ancestral e fera angústia
Da noite, do dia, da mesmice eterna
Do ressurgir dos mundos, do fim de tudo

E presos na ilusão presente
E cegos num mundo de sonhos,
Esperamos pelo que já fomos:
Chamas do etéreo fogo, gotas do oceano
Pois nada há de novo no firmamento