domingo, 8 de setembro de 2013

ADORADORES DO FOGO



Espantam-se, mexem-se,
Tocam rápido a chama.
Balbuciam sílabas, palavras,
Arrodeiam.

E a chama verga silenciosa e quente

Minutos, horas, conversam.
Queimam materiais e teimam,
Recomeçam

Agora as sombras, as figuras de animais.
Os gestos, os cabelos e as formas.
Há gritos e danças,
Trocam idéias

E a chama verga silenciosa e quente

Estão em torno do fogo, na caverna do lar,
Velam a vela curiosos

Foram eles, meus filhos, ontem.
Na cidade às escuras.