Se os nossos ancestrais tiveram problemas com alimentação, foram de natureza diversa daqueles que enfrentam hoje os que a duras penas conseguem o pão cotidiano. É questão indigesta essa da alimentação, pois se tornou difícil escolher o que comer, considerando todas as informações disponíveis. Muitas surpresas se encontram à espreita, nos textos sobre o assunto. Para começo de conversa, todos os alimentos apresentam contra indicações. Incrível, mas é verdade Vejamos alguns exemplos.
O brasileiríssimo feijão, preferido por nove entre dez comedores do país, deve ser consumido com cautela. Primeiro porque, juntamente com frutas e verduras, a leguminosa esta mais enriquecida de resíduos tóxicos, que de nutrientes, e depois, algumas variedades, segundo se lê, apresentariam lecitinas e antitripsina, substâncias com alto poder tóxico que podem levar até a morte. A lectina é uma proteína que causa sérios danos nos mamíferos, como por exemplo a aglutinação de hemácias, e a antitripsina atua de modo a impedir a formação de algumas enzimas importantes para a digestão, entre elas a tripsina.Claro que o cozimento diminui o problema, mas não totalmente. Dispensemos o feijão. Imagine feijoada, cujos componentes adicionados fornecem colesterol e aditivos químicos suficientes para desencadear maléficos processos fisiológicos. Você só consegue piorar esse quadro acrescentando farinha de mandioca, incrementando o processo fermentativo e a produção de gases. Uma beleza!
Arroz, só se não estiver descascado, ou seja, serve apenas o famoso arroz integral, o único que nutre. Carne nem em sonho, ou melhor, pesadelo, pois estão cheias de anabolizantes, além de sua riqueza em putrecina, dentre outras substancias não menos assustadoras, que sugestivamente nos levam à certeza de estar deglutindo um delicioso cadáver.
Prosseguindo nesta linha de análise, pouca coisa vai sobrar. Leite de vaca, nem pensar. Cada mamífero na sua têta. Na vaca só o bezerro, pois as imunoglobulinas podem provocar reações alérgicas em espécies diferentes. Nas proteínas do leite de vaca existem mais de 30 sítios alergênicos, que podem causar problemas como diarréia, cãibras, sangramento gastrointestinal, anemia, erupções cutâneas, arteriosclerose, acne, leucemia, esclerose múltipla, artrite reumática e cáries dentárias. De contra peso o excesso de cálcio pode desandar em cálculos renais e biliares.
Agora imagine o perigo que corremos ao tomar leite com pão e margarina. Verdadeiro atestado de óbito. Além de aumentar a taxa de colesterol, o freguês ainda engole bromato de potássio, capaz de afetar seus registros mnemônicos. E não é só isso. O bromato, durante o cozimento da massa do pão, é convertido em brometo, que é cancerígeno. Quanto a margarina, não fique temeroso de que ocorra alguma explosão no seu manuseio, só porque na sua composição entra um explosivo – o ácido butil hidroxitolueno, parente próximo do TNT. Pelo menos até agora não há notícia de que tenha acontecido. Tampouco os terroristas andaram comprando grandes quantidades de margarina para construir bombas. Quem sabe o ácido sulfúrico, a soda cáustica, e o ácido benzóico, utilizados na fabricação evitem o evento explosivo.
Pelo que se conhece, nem o regime ovo-lacto-vegetariano escapa. Se o lacto pode causar alergia alimentar e cálculos, e os vegetais estão sem dúvida envenenados, poderiam os ovos nos salvar dessa verdadeira conspiração alimentar contra a humanidade? Ledo engano. Também não pode. Os caipira são verdadeiras bombas de colesterol e os de granja nem ovos são, mas óvulos, riquíssimos, segundo se afirma, de antibióticos e hormônios. Agora se o caro leitor desejar se aventurar, por favor, não coma com sal, pois a este se atribui um grande número de males, sendo enfadonho listá-los neste momento.
Há, porém, segundo me asseguram, uma solução simples e ao alcance de todos: a mastigação. Sim, afinal, para que você quer os dentes que sobraram depois de tanto comer açúcar? O ideal é mastigar de 100 a 150 vezes o bocado que se tem na boca. Não se preocupe se não conseguir no início. Espelhe-se nos Macrobióticos. Há quem já tenha conseguido mastigar 1300 vezes um pedaço de cebola. Pela teoria, depois de 150 vezes, não interessa mais o tipo de alimento, pois estes se transmutam em qualquer elemento de que nosso corpo necessite. Ainda bem que podemos resolver, à dentadas, esse imbróglio alimentar que nos angustia.
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